Jesus Cristo Vive

O Jesus Cristo Vive nasceu em um dos períodos mais delicados da história recente, quando o silêncio dos palcos e o isolamento social impostos pela pandemia da Covid-19 interromperam projetos, encontros e expressões coletivas de fé.

O projeto surgiu a partir do cancelamento definitivo do espetáculo teatral “A Paixão de Cristo”, que seria apresentado em Barretos e narraria a vida de Jesus, do nascimento à ressurreição, com roteiro de MIlton Figueiredo. Diante da impossibilidade de realização da peça — inicialmente adiada e depois cancelada em razão das restrições sanitárias —, o jornalista e roteirista Milton Figueiredo e o ator Raphael Leite, que interpretaria Jesus Cristo pela primeira vez, decidiram transformar a frustração em propósito.

A ideia foi simples, mas profundamente simbólica: levar a mensagem de fé, esperança e conforto para as pessoas por meio das redes sociais, utilizando a imagem de Raphael Leite caracterizado como Jesus Cristo, cuja semelhança física com a representação tradicional do Filho de Deus potencializou a força visual do projeto.

Assim nasceu o Jesus Cristo Vive, uma iniciativa de evangelização digital que passou a publicar diariamente, a partir de 14 de junho de 2020, passagens bíblicas e frases de santos e santas católicas, sempre acompanhadas de imagens que reforçam a presença viva de Cristo no cotidiano das pessoas no Facebook e Instagram.

O objetivo nunca foi substituir o teatro ou espetacularizar a fé, mas manter viva a mensagem cristã em um momento de dor coletiva, quando a impossibilidade de encontros presenciais fez das redes sociais o principal espaço de acolhimento, partilha e comunhão.

Além das fotografias, o projeto também incorporou ilustrações artísticas desenvolvidas a partir das imagens do ator caracterizado, ampliando o alcance visual e simbólico da iniciativa. A proposta se expandiu ainda para a produção de conteúdos em vídeo, reforçando a vocação multiplataforma do projeto.

Para Milton Figueiredo, o Jesus Cristo Vive representa a confirmação de que a evangelização pode — e deve — encontrar novos caminhos quando as circunstâncias exigem adaptação. A pandemia impôs distanciamento físico, mas também revelou a potência das redes sociais como espaço legítimo de encontro espiritual e transmissão de valores.

O Jesus Cristo Vive permanece como um registro sensível daquele período e como prova de que a fé não se cancela — ela se transforma, se adapta e encontra novas formas de alcançar as pessoas.

Mais do que um projeto digital, o Jesus Cristo Vive é uma mensagem contínua: Cristo permanece vivo no meio de nós, independentemente das circunstâncias.